Mais de 200 entrevistas com ex-detentos apontam locais e táticas usadas.
Organização classifica ações como 'crime contra a humanidade'.
Um relatório da organização humanitária internacional Human Rights
Watch divulgado nesta terça-feira (3) revela com detalhes a existência
de 27 centros de tortura ativos na Síria. O estudo, nomeado "Arquipélago
da Tortura - prisões arbitrárias, tortura e desaparecimentos forçados
nas prisões secretas da Síria desde março de 2011" tem 81 páginas e está
disponível no site da organização, com mapas interativos apontando os
locais exatos, nomes dos responsáveis, agências e métodos usados nos
centros
De acordo com o texto, os detentos são espancados com cassetetes e
cabos, queimados com ácido, são vítimas de violência sexual, muitos têm
as unhas arrancadas. Baseado em mais de 200 entrevistas com ex-detentos e
desertores, o estudo fornece informações para o que a organização
classifica de "crimes contra a humanidade" - e pede que o Conselho de
Segurança da ONU repasse o caso para a Corte Penal Internacional.
A Síria enfrenta um conflito armado violento desde 2011, quando uma revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad tomou conta das ruas do país, dentro do contexto da Revolta Árabe, que derrubou governos na Tunísia e Egito.
imagem
de segunda-feira (2) mostra a destruição no bairro de Al Qusour, na
cidade de Homs, após bombardeios entre rebeldes e forças do governo
(Foto: Yazen Homsy/Reuters)
O relatório inclui mapas com as localizações, vídeos de ex presos e
detalhes de técnicas de tortura descritas por várias pessoas que
vivenciaram e presenciaram as ações nesses estabelecimentos. A
organização diz ainda que o número real de centros pode ser muito maior.A Síria enfrenta um conflito armado violento desde 2011, quando uma revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad tomou conta das ruas do país, dentro do contexto da Revolta Árabe, que derrubou governos na Tunísia e Egito.
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